sexta-feira, 17 de outubro de 2008

SCRIPT: Vivi quer Vavá no internato


CENA 15. CASA DE GUIGA. INT. DIA

PACHOLA E VIVIANE SE APROXIMAM DE ÂNGELA E VAVÁ. VIVIANE APONTA COM A MÃO NA DIREÇÃO DOS QUARTOS.

VIVIANE — Vocês dois... podem subir para os quartos...

VAVÁ — Por quê?

VIVIANE — Porque vão ficar de castigo! Seu irmão Eugênio saiu e não quis me ouvir, mas depois eu me acerto com ele. Agora vocês vão fazer o que eu tô mandando. Subam agora!

ÂNGELA — Mas mãe...

VIVIANE — Pensam que podem ficar me chamando de chata, hein?

VAVÁ — Olha aqui, eu não sou seu filho pra você me deixar de castigo! Eu não vou pra quarto nenhum!

VIVIANE SE APROXIMA DE VAVÁ, AMEAÇADORA.

VIVIANE — Ainda por cima é respondão!

VAVÁ ROSNA.

VAVÁ — Não chega perto, senão eu te mordo!

VIVIANE — (P/ PACHOLA, EXIGINDO UMA ATITUDE) E daí, Pachola?

PACHOLA — (P/ VAVÁ) Calma, meu filhotinho! Se contenha! Eu já te falei que morder é feio!

VIVIANE — Credo! (COM NOJO) Esse menino é um animalzinho... um verdadeiro lobinho... ainda mais com esses pêlos... devia ficar numa casinha lá fora, junto com os outros cachorros.

PACHOLA — Ô madame, pegou pesado agora!

VAVÁ — Pai! Eu quero ir embora desta casa... eu não quero mais ficar morando com uma bruxa... uma megera...

VIVIANE — Ô, menino! Você pare de me ofender! (P/ PACHOLA) Pachola, seu filho é muito mal educado... eu exijo que você lhe dê um castigo.

PACHOLA — Vavá, você também pegou pesado!

ÂNGELA — (CHORANDO, P/ VIVIANE) Por que você é tão má? Eu preferia ficar com a tia Érica... ela é boazinha e parece que gosta mais da gente do que você.

VIVIANE — Por favor, nem me fale o nome desta sonsa! (P/ PACHOLA) E então, Pachola? Vai dar um corretivo no menino-bicho ou não?

VAVÁ — Paichola! Se você me bater, eu fujo, vou embora e você nunca mais vai me ver!

PACHOLA — Claro que não vou te bater, não! Imagina! Só que você não pode se comportar desta maneira... ficar destratando a dona da casa que está hospedando a gente, meu filho... por isso, vou ter que te dar uma lição... você vai ficar no quarto pensando em tudo que fez, sem tevê, sem brinquedo, de castigo.

VAVÁ — Eu não acredito que você vai fazer isso comigo, Paichola!

PACHOLA ABRAÇA VAVÁ E VAI RETIRANDO ELE DA SALA.

PACHOLA — Não discuta com seu pai... (FALA BAIXO) Depois a gente conversa... agora vai, anda, lá pro quarto.

VAVÁ SAI CABISBAIXO.

VIVIANE — Pachola, seu filho é muito estranho... eu acho melhor você mandar o Vavá pra um colégio interno, algum outro lugar.

PACHOLA — (SOFRENDO) Deus me livre, eu não posso ficá sem meu peludinho!

VIVIANE — Pois trate de dar um jeito! Aqui nesta casa ele não pode ficar... Você, tudo bem, mas o Vavá nem pensar...

ÂNGELA — (CHORA) Mãe, não expulsa o Vavá daqui...

VIVIANE — Nossa! Não tô entendendo o motivo desta choradeira!

ÂNGELA — (CHORANDO, SENTIDA) É que eu tô gostando muito dele...

VIVIANE — Que é isso? Gostar de um menino que mais parece uma atração de circo? Nada a ver!

PACHOLA — Madame, por favor, não fala assim do meu Vavazinho!

VIVIANE — Mas Pachola, teu filho é um animal feroz... se ele já é assim pequeno, imagina depois que crescer, hein? Este menino precisa ser amestrado, domesticado, antes que morda alguém!

NA TRISTEZA DO PACHOLA E NO CHORO DE ÂNGELA,

CORTA PARA



Crédito: Tiago Santiago
Matheus Logan

Nenhum comentário: