Filho de Aristóteles (André di Biase), o personagem não deixa passar despercebido nenhum rabo-de-saia. "Como Don Juan, o prazer dele está em fazer com que todas as mulheres não resistam e caiam em tentação", conta Ângelo. Na trama, Rodrigo se interessa por quase todas as mulheres. A começar por Lúcia, namorada de fachada de Danilo (Cláudio Heinrich). O sedutor também desperta paixão na empregada Célia (Thaís Fersoza) e na secretária Amália (Mônica Carvalho).
"Meu personagem é seduzido pelo poder da conquista. Ele quer tanto conquistar um alto cargo na empresa quanto quer conquistar as mulheres", analisa o ator que, além de disputar o poder na Progênese com sua família, ainda é suspeito de ser o mandante dos crimes misteriosos que permeiam a trama.
Para o ator, está sendo para lá de interessante atuar em uma novela que tem como principal ingrediente o mistério. "Cria um frisson não só para o público, mas também para a novela", opina. Segundo Ângelo, não saber quem é o mandante dos crimes faz com que as relações entre os personagens não fiquem tão claras. "Você lida mais com o inesperado, com o surpreendente. Não fica com uma visão tão chapada de cada personagem", acredita.
Pergunta - "Caminhos do Coração" marca a sua segunda novela na Record. Como você está encarando essa nova fase na emissora?
Ângelo Paes Leme - Estou adorando. "Vidas Opostas" foi uma experiência linda. Foi muito bom fazer o Jéferson. Agora, em "Caminhos do Coração", as pessoas são muito queridas e amáveis. Uns respeitam os outros. Tem um clima de companheirismo e de generosidade muito saudável. As pessoas se ajudam e colaboram muito umas com as outras. Sinto muito pouco daquela competição destrutiva e egoísta aqui na Record.
Pergunta - Quando recebeu o convite para viver o Rodrigo na trama de Tiago Santiago, o que mais te atraiu?
APL - A contemporaneidade do personagem. Ele é muito atual. Com a liberação sexual dos dias de hoje, está mais fácil levar alguém para a cama. Acho que essa facilidade contribui para que o Rodrigo seja assim. Mas, mesmo se fosse em outra época, na qual existia uma moral muito forte, ou uma religião travando os comportamentos, acho que ele tentaria quebrar as barreiras de qualquer maneira. Ele tem uma certa compulsão.
Pergunta - Você costuma interpretar personagens dramáticos. Tem preferência pelo drama?
APL - Na verdade, gosto de todos os gêneros. Mas acho que o ator que consegue ser cômico tem uma qualidade maior. Um bom ator consegue fazer rir até mesmo nas situações mais bizarras. Acho que os atores que têm essa qualidade são mais atraentes. Tanto que, às vezes, assisto alguns filmes dramáticos e me pego rindo. Mas não tenho preferência por nenhum gênero. Só gosto muito de comédia.
Pergunta - Você acha que a receptividade do público é diferente da comédia para o drama?
APL - O que tem de interessante na comédia é que ela aproxima mais o público da situação do que o drama. Porque você consegue falar de coisas sérias de uma maneira leve e, às vezes, até irresponsável. De repente, quando as pessoas se tocam do que estão rindo, param para pensar. Quando você coloca de uma forma bruta, crua, a tendência do espectador é se distanciar, se afastar.
Fontes: Uol
Matheus Logan
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