Juma Marruá, Velho do Rio e Muda não fazem parte da lembrança de Rômulo Arantes Neto. Quando Pantanal, agora reprisada pelo SBT, foi exibida pela Manchete, em 1990, o ator era um menino de 3 anos e não se recorda do peão Levi, papel de seu pai, Rômulo Arantes, morto em acidente de ultraleve em 2000.
Sexta-feira será a última aparição de Levi, que morre depois de mentir para Tibério (Sérgio Reis), dizendo que matou Muda (Andréa Richa). Ele se desequilibra, após um tiro disparado pelo chefe dos peões, cai no rio e é devorado pelas piranhas. "Só me lembro de Vira-Lata (1996), Quatro por Quatro (1995) e Perigosas Peruas (1992), que eu adorava porque ele era um policial", afirma o ator, que por falta de tempo não conseguiu assistir à reprise adquirida pelo SBT, que sexta-feira conquistou a vice-liderança no Ibope com 15 pontos de média.
A convite, Rômulo conferiu uma compilação de cenas de seu pai e se emocionou, pedindo, no fim da entrevista, para ficar com o CD. Faltando 13 dias para o Dia dos Pais, o ator, que hoje está em Os Mutantes, da Record, diz que não tem como 'ficar bem' na data.
"Você perder tudo de uma hora para outra, principalmente um pai que era metade do que eu era. Foi muito duro para mim, como é até hoje, não tem como negar", diz, reconhecendo as semelhanças com o pai. "O sorriso, o queixo, o olhar são muito parecidos. Sempre fui muito moleque e o meu pai era um garotão, então era ótimo ter um pai desse. Eu me identifico muito com as caras que gente faz", diz, intercalando os verbos no presente e no passado.
Outra data difícil para o ator é o Dia dos Namorados. Seu pai nasceu no dia 12 de junho e morreu dois dias antes de completar 43 anos. "Nunca estou pensando em Dia dos Namorados. Se fosse uma relação normal, eu teria passado por cima disso mais facilmente, mas como tínhamos muita química, era 'tal pai, tal filho', eu ainda carrego bastante tristeza e vou carregar por bastante tempo. Uma parte do meu coração foi ali", diz o ator, pensativo. "Mas também é normal. Todo ser humano quando não tem mágoa, tem complexo", reflete.
Assim como o pai, Rômulo Arantes Neto gosta de esportes, adrenalina e atualmente, para manter a boa forma, nada no Clube de Regatas do Flamengo, corre na orla (de Ipanema ao Leblon), surfa e freqüenta academia.
"Preciso suar para ficar bem. Fico muito ansioso se não me exercito porque tenho muita energia concentrada", afirma o namorado de Lise Grendene. "É meu primeiro namoro sério. Estamos há dez meses juntos", contabiliza.
Rômulo Arantes morreu aos 42 anos em 10 de junho. Ele pilotava um ultraleve que caiu a poucos metros da fazenda de sua mulher, em Maripá, Minas Gerais. Testemunhas disseram que, cinco minutos depois da decolagem, o ultraleve se espatifou no solo, a 200 metros da casa. "Eu acordei, estava indo para o café e veio uma empregada dizendo que estava tudo bem. Daí veio uma outra chorando, com cara de pavor. Foi um desespero total, meus avós desmaiando", relembra o ator, com 13 anos na época.
Para seguir os ensinamentos do pai, Rômulo não chorou. "Ele sempre me ensinou a ser forte, apertar a mão do cara e olhar no olho. Era uma coisa até meio machista, que ele aprendeu com meu avô, general do Exército... Tive uma atitude estranha, não quis chorar, decidi 'ser homem'. Era para eu ter chorado. Não teria guardado essa mágoa", lamenta.
Em seguida, Rômulo - que morou com o pai de 1994 a 2000 - voltou à casa da mãe. Para se readaptar, fez terapia de família. "Fiquei rebelde com minha mãe porque eu queria me criar, me auto-educar. Mas foi maravilhoso porque aprendi a ser mais duro, agüentar mais pancada", diz o ator, que começou como modelo internacional, aos 17 anos.
Fonte: Terra
Matheus Logan
Sexta-feira será a última aparição de Levi, que morre depois de mentir para Tibério (Sérgio Reis), dizendo que matou Muda (Andréa Richa). Ele se desequilibra, após um tiro disparado pelo chefe dos peões, cai no rio e é devorado pelas piranhas. "Só me lembro de Vira-Lata (1996), Quatro por Quatro (1995) e Perigosas Peruas (1992), que eu adorava porque ele era um policial", afirma o ator, que por falta de tempo não conseguiu assistir à reprise adquirida pelo SBT, que sexta-feira conquistou a vice-liderança no Ibope com 15 pontos de média.
A convite, Rômulo conferiu uma compilação de cenas de seu pai e se emocionou, pedindo, no fim da entrevista, para ficar com o CD. Faltando 13 dias para o Dia dos Pais, o ator, que hoje está em Os Mutantes, da Record, diz que não tem como 'ficar bem' na data.
"Você perder tudo de uma hora para outra, principalmente um pai que era metade do que eu era. Foi muito duro para mim, como é até hoje, não tem como negar", diz, reconhecendo as semelhanças com o pai. "O sorriso, o queixo, o olhar são muito parecidos. Sempre fui muito moleque e o meu pai era um garotão, então era ótimo ter um pai desse. Eu me identifico muito com as caras que gente faz", diz, intercalando os verbos no presente e no passado.
Outra data difícil para o ator é o Dia dos Namorados. Seu pai nasceu no dia 12 de junho e morreu dois dias antes de completar 43 anos. "Nunca estou pensando em Dia dos Namorados. Se fosse uma relação normal, eu teria passado por cima disso mais facilmente, mas como tínhamos muita química, era 'tal pai, tal filho', eu ainda carrego bastante tristeza e vou carregar por bastante tempo. Uma parte do meu coração foi ali", diz o ator, pensativo. "Mas também é normal. Todo ser humano quando não tem mágoa, tem complexo", reflete.
Assim como o pai, Rômulo Arantes Neto gosta de esportes, adrenalina e atualmente, para manter a boa forma, nada no Clube de Regatas do Flamengo, corre na orla (de Ipanema ao Leblon), surfa e freqüenta academia.
"Preciso suar para ficar bem. Fico muito ansioso se não me exercito porque tenho muita energia concentrada", afirma o namorado de Lise Grendene. "É meu primeiro namoro sério. Estamos há dez meses juntos", contabiliza.
Rômulo Arantes morreu aos 42 anos em 10 de junho. Ele pilotava um ultraleve que caiu a poucos metros da fazenda de sua mulher, em Maripá, Minas Gerais. Testemunhas disseram que, cinco minutos depois da decolagem, o ultraleve se espatifou no solo, a 200 metros da casa. "Eu acordei, estava indo para o café e veio uma empregada dizendo que estava tudo bem. Daí veio uma outra chorando, com cara de pavor. Foi um desespero total, meus avós desmaiando", relembra o ator, com 13 anos na época.
Para seguir os ensinamentos do pai, Rômulo não chorou. "Ele sempre me ensinou a ser forte, apertar a mão do cara e olhar no olho. Era uma coisa até meio machista, que ele aprendeu com meu avô, general do Exército... Tive uma atitude estranha, não quis chorar, decidi 'ser homem'. Era para eu ter chorado. Não teria guardado essa mágoa", lamenta.
Em seguida, Rômulo - que morou com o pai de 1994 a 2000 - voltou à casa da mãe. Para se readaptar, fez terapia de família. "Fiquei rebelde com minha mãe porque eu queria me criar, me auto-educar. Mas foi maravilhoso porque aprendi a ser mais duro, agüentar mais pancada", diz o ator, que começou como modelo internacional, aos 17 anos.
Fonte: Terra
Matheus Logan
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