quinta-feira, 3 de julho de 2008

Roteiro da cena 14

CENA DE ARQUIVO. VISTA AÉREA. SÃO PAULO. EXT. DIA

CENA DE ARQUIVO. PRÉDIO DE SIMONE. EXT. DIA


CENA 14. apto de simone. INT. DIA

ESMERALDA FAZ CARINHO EM ERNESTO, QUE ESTÁ LENDO AS NOTÍCIAS NO LAPTOP.

ESMERALDA — Já pensou, Ernesto? Ia ser o máximo se você conseguisse trabalhar no Depecom! Será que é mesmo possível?

ERNESTO — Acho que sim. Tenho muita experiência com investigação. Eu posso trabalhar na inteligência, como o Carvalho sugeriu.

ESMERALDA — Mas o Depecom não é da polícia federal? Será que eles aceitam agente da civil como você?

ERNESTO — Eu acabei de ler uma notícia aqui na internet justamente sobre isso. Eles estão aceitando sim. Os policiais civis e militares estão sendo emprestados ao Depecom para ajudar nas investigações. O problema mutante está tomando proporções tão grandes que está exigindo o esforço conjunto de todos e a unificação das polícias.

ESMERALDA — Que loucura, meu amor! Como se não bastassem os crimes praticados por humanos... agora a polícia vai ter que conter também os mutantes ferozes... O que você acha que poderia ser feito pra diminuir a criminalidade?

ERNESTO — O principal é acabar com a impunidade que reina no país. Os assassinos precisam ir pra cadeia! Se houvesse uma lei mais severa, sem tantas mordomias para os criminosos, a pessoa ia pensar duas vezes antes de cometer qualquer atrocidade.

ESMERALDA — Também acho. Concordo totalmente. A gente ouve falar de tantos crimes hediondos... e os culpados estão por aí, soltos!

ERNESTO — Nem me fala, Esmeralda! Fico indignado com isso! É uma piada deixar uma pessoa que matou, que tirou a vida de outro ser humano, ficar cinco, seis anos na cadeia e depois ir pra rua, em regime semi-aberto e liberdade condicional. A lei tem que mudar logo! A sociedade precisa se conscientizar!

ESMERALDA — Com certeza. É pro bem de todos.

ERNESTO — Vou mandar um e-mail agora mesmo me prontificando para voltar ao trabalho.

ESMERALDA — Isso, meu amor! Vai ser ótimo pra você e pro Depecom. Um policial assim, tão íntegro, tão apaixonado pela justiça, não pode ser desperdiçado.

ERNESTO ESCREVE NO LAPTOP, ENQUANTO FALA COM ESMERALDA.

ERNESTO — Você também ficou animada com o teatro-escola do Nil Carvalho, né, meu amor?

ESMERALDA — Muito. O Pepe falava super bem do Nil, o pai do Carvalho. Ele realiza um trabalho da maior qualidade... também é um grande incentivador das artes.

ERNESTO — Então, aproveita essa oportunidade que apareceu. Você vai ser uma excelente professora.

ESMERALDA — Ai, eu tô querendo, sabia? Nunca dei aula, mas posso tentar.

ERNESTO — Você vai tirar de letra, tenho certeza.

ESMERALDA — Acho que eu vou marcar de ir conhecer o teatro-escola e fazer um teste... quem sabe?

ERNESTO — Ótimo! Também já mandei o e-mail pro Depecom!

ESMERALDA — Ah, meu amor! Finalmente, estamos tocando a vida pra frente!

ERNESTO — Nós vamos vencer, minha gata dos olhos verdes. Vamos conseguir realizar todos os nossos sonhos! Prometo.

CLIPE. OS DOIS SE BEIJAM, APAIXONADOS.

CORTA PARA



Fontes: Tiago Santiago
Matheus Logan

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