CENA 20. LABORATÓRIO. INt. DIA
CONT. DA CENA ANTERIOR. SAMIRA E JULI NAS MESMAS POSIÇÕES.
SAMIRA — Juli, eu sei que você não gosta de tocar no assunto... mas é que minha curiosidade tá me matando... eu só queria saber o que aconteceu de fato com a doutora Júlia, você pode pelo menos contar isso?
JULI — Posso sim... (SUSPIRA) A doutora Júlia morreu!
SAMIRA — É mentira! Eu quero saber a verdade!
JULI — (SE IRRITA) Escuta aqui, Samira! Eu não admito que você me chame de mentirosa!
SAMIRA — Então, fala o que realmente aconteceu com a doutora Júlia, hein?
JULI — Já falei! Ela morreu! (CÍNICA) Ou como o povo diz, a Júlia foi dessa pra melhor, desencarnou, expirou! Foi pro andar de cima, ou pro de baixo, sei lá, o fato é que ela se foi, não está mais entre nós.
SAMIRA — E como que ela morreu? Foi assassinada? Ficou doente? Sofreu um acidente?
JULI — Mas como você é insistente, Samira! Desista! Eu não digo mais nada!
SAMIRA — Se vou ser seu braço direito na execução dos seus planos... eu quero saber de tudo... eu tenho esse direito... Se você não quer falar... é porque confirma a minha desconfiança: você e a doutora Júlia são a mesma pessoa.
JULI — Chega, Samira! É hora de se calar, de me obedecer!
SAMIRA — Eu não vou te obedecer.../
SAMIRA COMEÇA A SENTIR DORES DE CABEÇA.
SAMIRA — (COLOCA AS MÃOS NA CABEÇA) Ai, ai, ai, minha cabeça está doendo, parece que vai explodir!
JULI — Eu te avisei... toda vez que se rebelar... vai sofrer muito.
SAMIRA — (AFLITA) O que eu faço pra passar essa dor maldita?
JULI — Basta concordar comigo e não me desobedecer!
SAMIRA — (ESTALA OS OLHOS) Eu preciso acreditar... eu preciso acreditar... (FECHA OS OLHOS) Eu concordo com você, Juli.
JULI — Então tire essa idéia da cabeça que eu sou a Júlia.
SAMIRA — (AINDA COM OS OLHOS FECHADOS) Tudo bem... você não é a doutora Júlia. Não é! Eu acredito em você! (TEMPINHO, ABRE OS OLHOS, SORRI) A dor passou.
JULI — Viu só? Não é melhor assim?
SONORIZAÇÃO. ALARME DISPARA.
JULI — É o alarme de alerta máximo!
SAMIRA — O que esse aviso quer dizer agora?
JULI — (COMEMORA) Que em poucos minutos, a Liga do Bem vai ser exterminada. Eles vão morrer! Um a um. Isto quer dizer que os homens-formiga estão atacando!
SAMIRA — E os bebês? O que vamos fazer com eles?
INSERIR TAKES DE LÚCIO E JUNO, NOS BERÇOS, O QUE QUER QUE ESTEJAM FAZENDO.
JULI — Os bebês agora são meus!
SAMIRA — E o que você quer fazer com eles?
JULI — Estou planejando fazer algumas experiências!
CAM. DETALHA JULI E SAMIRA, MALÉFICAS, OLHANDO PARA OS BERÇOS.
INSERIR MAIS TAKES DE LÚCIO E JUNO
NA REAÇÃO EXCITADA DE JULI,
CORTA PARA
CENA 21. TUBULAÇÃO. ESGOTOS. OUTRO LOCAL. INT. dia
CLEO E TONI FUGINDO PELA TUBULAÇÃO.
TONI — Não pára, Cleo! Continua correndo!
CLEO BATE NO SEU CORPO ENQUANTO CORRE.
CLEO — Toni, as formigas estão me atacando!
OS DOIS PARAM DE CORRER. ESTÃO BEM OFEGANTES.
CLEO CONTINUA A TIRAR FORMIGAS DAS SUAS PERNAS.
CLEO — Ai, que coisa nojenta!
TONI — Eu vou te ajudar!
TONI FICA AJUDANDO CLEO A SE LIVRAR DAS FORMIGAS.
CLEO — Eu odeio insetos!
TONI — Cleo, acho que elas tão me atacando também!
TONI TAMBÉM COMEÇA A PASSAR A MÃO NO SEU CORPO. ENQUANTO FALAM, SE LIVRAM DAS FORMIGAS.
TONI — Sai pra lá, formiga transgênica... Vê se me esquece, bicho feio... Vai morder quem te criou...
CLEO — Estou apavorada, Toni. Estamos presos nesta tubulação com mutantes-insetos de vários tipos.
TONI — Nós temos que encontrar uma saída!
Fontes: Tiago Santiago
Matheus Logan
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