Rio - Holofotes de cineastas do mundo todo estão voltados para o Rio de Janeiro. A Cidade Maravilhosa, cada vez mais, vira cenário de produções cinematográficas estrangeiras. Astros do cinema americano como Sylvester Stallone visitaram o Rio em busca do melhor visual para levar às telonas. Até o diretor Woody Allen já mandou representante pesquisar locações por aqui. Só este ano, a Prefeitura liberou 294 portarias autorizando interdição de ruas e vagas para estacionamento de veículos para filmagens de artistas nacionais e internacionais.
Stallone esteve na cidade procurando locações para o seu próximo filme, “The Expendables” e Cruise reservou suítes no Copacabana Palace. Em fevereiro, o galã virá ao Brasil para lançar seu novo filme, ‘Operação Valquíria’. O Rio internacional atraiu Madonna, que se apresentou no Maracanã e aproveitou para fazer ensaios fotográficos na cidade. Em novembro, ator Bill Pullman esteve no Vidigal filmando ‘Gringos no Rio’.
O encanto pelos cartões-postais cariocas afetou Woody Allen. Apaixonado por Nova York, onde rodou a maioria de seus filmes, o cineasta despachou um auxiliar para descobrir locações na cidade. Um dos locais visitados pela sua produção foi o Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo.
A lista de celebridades não pára por aí. A favela Tavares Bastos, no Catete, serviu de palco para a gravação de videoclipes dos rappers Snoopy Dog, Pharrel e mais recentemente os da banda Black Eyed Peas. Em novembro, o ator inglês Edward Norton, subiu as paredes da comunidade, na pele esverdeada do incrível Hulk.
O anfitrião das equipes estrangeiras é o inglês Bob Nadkarni, dono de pousada no alto da favela. Este ano, ele já recebeu produções italianas, francesas, canadenses e americanas na Tavares Bastos, atraídas pela tranqüilidade. “O Rio é uma locação superversátil. Tem praias, ilhas e florestas. Em nenhum outro lugar do mundo é possível interditar o centro da cidade que fica completamente abandonado no fim de semana”, diz Bob. A filial de Hollywood na comunidade lhe rendeu o apelido de Bobwood.
Morador da comunidade, Antônio Gomes Mesquita, 66, lucrou com as gravações: “A produção do Hulk precisou colocar holofotes na minha laje porque precisava de luz no beco. Recebi R$ 70 por um dia. Valeu a pena porque não tive problemas nem trabalho”, diz. A presidente da Associação de Moradores Martha da Conceição Costa diz que o aluguel de uma laje é R$ 70 por dia. “Todos ganham com as filmagens”, diz ela
ANDAR CONSTRUÍDO COM CACHÊ
As gravações de ‘O incrível Hulk’ e de novelas, como ‘Os mutantes’ e ‘Vidas Opostas’, da Record, mudaram não só o dia-a-dia dos moradores da Tavares Bastos, no Catete. Com parte da verba doada pelas produções à associação de moradores — a diária varia entre R$ 400 e R$ 1.000, de acordo com a presidente Martha da Conceição Costa — foi concluído o terceiro andar da associação, que reúne uma série de cursos. “O terceiro andar será usado como espaço para diversos cursos de formação, como o de primeiros-socorros e de cuidadores de idosos”, disse a presidente da associação, acrescentando que as benfeitorias custaram R$ 75 mil.
De acordo com Marta, desde que a comunidade começou a servir de locação para produções, muitas mudanças ocorreram. “Não queremos substituir o papel do Estado, mas sempre que temos um problema que não é resolvido pelo Estado, usamos o caixa da associação para solucionar a questão. Investimos o dinheiro doado pelas produções na rede de esgoto, que sempre tem vazamento porque é antiga. Além disso, investimos na reforma da escolinha, na manutenção da quadra, na pintura do vestiário e na quadra de futebol”, revela.
O eletricista Renaldo Dias, 55 anos, alugou a laje de sua casa por três dias, ao custo de R$ 250, para a cena em que Bruce Banner, o cientista, se transforma em Hulk. Com o dinheiro que vem recebendo pelas locações, ele resolveu fazer o segundo andar da casa.
Crédito: O DIA ONLINE
Matheuus Logan
Stallone esteve na cidade procurando locações para o seu próximo filme, “The Expendables” e Cruise reservou suítes no Copacabana Palace. Em fevereiro, o galã virá ao Brasil para lançar seu novo filme, ‘Operação Valquíria’. O Rio internacional atraiu Madonna, que se apresentou no Maracanã e aproveitou para fazer ensaios fotográficos na cidade. Em novembro, ator Bill Pullman esteve no Vidigal filmando ‘Gringos no Rio’.
O encanto pelos cartões-postais cariocas afetou Woody Allen. Apaixonado por Nova York, onde rodou a maioria de seus filmes, o cineasta despachou um auxiliar para descobrir locações na cidade. Um dos locais visitados pela sua produção foi o Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo.
A lista de celebridades não pára por aí. A favela Tavares Bastos, no Catete, serviu de palco para a gravação de videoclipes dos rappers Snoopy Dog, Pharrel e mais recentemente os da banda Black Eyed Peas. Em novembro, o ator inglês Edward Norton, subiu as paredes da comunidade, na pele esverdeada do incrível Hulk.
O anfitrião das equipes estrangeiras é o inglês Bob Nadkarni, dono de pousada no alto da favela. Este ano, ele já recebeu produções italianas, francesas, canadenses e americanas na Tavares Bastos, atraídas pela tranqüilidade. “O Rio é uma locação superversátil. Tem praias, ilhas e florestas. Em nenhum outro lugar do mundo é possível interditar o centro da cidade que fica completamente abandonado no fim de semana”, diz Bob. A filial de Hollywood na comunidade lhe rendeu o apelido de Bobwood.
Morador da comunidade, Antônio Gomes Mesquita, 66, lucrou com as gravações: “A produção do Hulk precisou colocar holofotes na minha laje porque precisava de luz no beco. Recebi R$ 70 por um dia. Valeu a pena porque não tive problemas nem trabalho”, diz. A presidente da Associação de Moradores Martha da Conceição Costa diz que o aluguel de uma laje é R$ 70 por dia. “Todos ganham com as filmagens”, diz ela
ANDAR CONSTRUÍDO COM CACHÊ
As gravações de ‘O incrível Hulk’ e de novelas, como ‘Os mutantes’ e ‘Vidas Opostas’, da Record, mudaram não só o dia-a-dia dos moradores da Tavares Bastos, no Catete. Com parte da verba doada pelas produções à associação de moradores — a diária varia entre R$ 400 e R$ 1.000, de acordo com a presidente Martha da Conceição Costa — foi concluído o terceiro andar da associação, que reúne uma série de cursos. “O terceiro andar será usado como espaço para diversos cursos de formação, como o de primeiros-socorros e de cuidadores de idosos”, disse a presidente da associação, acrescentando que as benfeitorias custaram R$ 75 mil.
De acordo com Marta, desde que a comunidade começou a servir de locação para produções, muitas mudanças ocorreram. “Não queremos substituir o papel do Estado, mas sempre que temos um problema que não é resolvido pelo Estado, usamos o caixa da associação para solucionar a questão. Investimos o dinheiro doado pelas produções na rede de esgoto, que sempre tem vazamento porque é antiga. Além disso, investimos na reforma da escolinha, na manutenção da quadra, na pintura do vestiário e na quadra de futebol”, revela.
O eletricista Renaldo Dias, 55 anos, alugou a laje de sua casa por três dias, ao custo de R$ 250, para a cena em que Bruce Banner, o cientista, se transforma em Hulk. Com o dinheiro que vem recebendo pelas locações, ele resolveu fazer o segundo andar da casa.
Crédito: O DIA ONLINE
Matheuus Logan
Nenhum comentário:
Postar um comentário