Dona de um cativante sorriso e considerada uma típica representante da beleza brasileira, Patrícia Dejesus foi uma das primeiras negras brasileiras a fazer sucesso no mercado nacional e internacional de modelos. Na novela Mutantes-Caminhos do Coração, da Rede Record, ela viveu a mutante Perpétua que tinha poderes elétricos e era capaz de soltar faíscas e dar choques mortais
PB Na televisão, você interpretou a mulher elétrica. E na vida real, é elétrica também?
Já fui muito mais agitada do que sou agora. Com o tempo e com a experiência, fui ficando mais tranqüila, mas ainda sofro com a minha ansiedade. Hoje em dia vivo em função do trabalho e quase sempre estou gravando. Como estudo quase todos os dias, acordo e durmo cedo, quando dá tempo corro no calçadão e nas minhas folgas, tento ir para São Paulo matar as saudades da família.
PB E o que te deixa elétrica?
Quando tenho algo muito importante para fazer. O dia anterior parece interminável e fico muito ansiosa. Agora, o que me deixa com vontade de dar choque é injustiça, grosseria e falta de educação. Fico a ponto de ter um curto-circuito.
PB Você se inspirou em algum personagem para viver a Perpétua?
A Perpétua foi construída com o tempo. O Tiago Santiago (autor da novela) conversou comigo no começo, me passou algumas coisas. Ser muito fã de Heroes (série conta a história de pessoas comuns que descobrem ter habilidades especiais, tais como telepatia e vôo), também ajudou um pouco. Além disso, emprestei um pouco do meu alter-ego e algumas das minhas gírias para ela.
PB Como é a aceitação do público?
A novela é um sucesso, foi muito bem aceita e todo mundo assiste. Minha personagem é ex-funcionária de uma agência de modelos que nasceu mutante, é uma mutante do bem que solta raios e dá choque. Confesso que estou assustada com o assédio, não esperava que acontecesse tão rápido. É estranho sair na rua e me chamarem pelo nome da personagem. Todo mundo me reconhece, comenta a novela, ou seja, não poderia ser mais gratificante.
PB Os efeitos especiais do seu personagem são feitos no computador. Como é interpretar sem ver o resultado na hora?
Desde que dei meu primeiro choque, toda vez que estou no estúdio gravando sinto como se fosse real. É sério! Fico tão concentrada e gosto tanto do que estou fazendo que vejo os raios saindo da minha mão. Estou sempre em contato com o pessoal dos efeitos que são excelentes profissionais. Conversamos bastante, trocamos idéias e o resultado final não é diferente do que na minha imaginação.
PB Na novela, sua personagem ficou presa em uma ilha cheia de mutantes, o que a deixou apreensiva. E você, tem algo que te deixa com medo?
Nem vou falar de violência nem desse surto de dengue aqui no Rio, seria redundante. Não sei lidar com grandes mudanças e restrições em geral não são muito bem-vindas. Também não gosto muito de dormir no silêncio, uma musiquinha ajuda.
Crédito: Plástica e Beleza
Reportagem: Malu Bonetto
Matheus Logan
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
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