Tiago Santiago concedeu uma entrevista ao 'Jornal Agora São Paulo' e publicou através de seu blog a entrevista. Confira a entrevista na íntrega.
1. A sua novela está a quase um ano no ar. Da estréia até hoje, você já introduziu 1dezenas de novos elementos, entre eles novas histórias e personagens. É difícil ser tão criativo?
Não. Minha inspiração nesta novela vem de lendas e mitos. São milênios de acervo da humanidade, na área da mitologia. É um material praticamente inesgotável.
2. “Os Mutantes” fala de temas como mutações genéticas e extraterrestres. Você tem de pesquisar bastante para abordá-los?
Estudei a questão das mutações genéticas para uma peça de Teatro - "DNA" - que foi produzida por Ittala Nandi e dirigida por Bibi Ferreira, em 2004. Quanto aos extraterrestres, vi documentários, pedi pesquisa e li algumas coisas.
3. Sei que você se inspira em filmes e programas de TV internacionais. Quais são as suas referências?
São muitas referências para a construção desta novela, tanto de filmes quanto da literatura e da TV. Vou citar apenas as principais: Spielberg, H.G.Wells, Orson Welles, Homero, Isaac Asimov, Ray Bradbury, Jules Verne, Stan Lee, Monteiro Lobato, Dias Gomes, Janete Clair, Ivani Ribeiro.
4. Cientistas fizeram recentemente descobertas sobre Marte. Você introduz fatos reais em sua trama? Ou é tudo pura ficção?
Há muitas citações de dados reais, como distância de Marte a Terra, temperatura, a questão da existência da água lá, a possibilidade de vida em outros planetas em que haja água, em nossa galáxia e em outras galáxias. Tenho lido tudo que sai sobre Marte. E é claro que há também muita ficção, muita fantasia.
5. Nos próximos capítulos da sua novela, devem aparecer discos voadores. Como a equipe técnica da Record reage às suas invenções? Rola aquele lance arquiteto e engenheiro, do tipo: “Esquece, isso é impossível de fazer”?
A equipe técnica adora a novela e as possibilidades de criação que ela oferece. Temos uma equipe de 25 pessoas trabalhando com efeitos visuais, sob a supervisão de Marcelo Brandão, com equipamento de última geração; E sempre converso com Alexandre Avancini - diretor geral da novela - para ter certeza que é possível fazer o que está planejado.
6. Quando começou a escrever “Caminhos do Coração”, imaginou que a história iria tão longe?
Sim. Havia plano de continuar, se fizesse o sucesso que realmente veio com força.
7. “Os Mutantes” ainda tem um longo caminho pela frente (deve acabar em janeiro, certo)? Como pretende manter a atenção do telespectador? Haverá novidades, pode adiantar alguma delas ao público?
"Os Mutantes" provavelmente continuará ainda depois de janeiro. Tenho muitos trunfos na manga, p.ex. veja os próximos: chegada dos ETs e suas naves; primeiras abduções; batalhas nas ruas de São Paulo entre o DEPECOM e os mutantes; morte de diversos mutantes do mal; chegada de Maria a Agarta; encontro entre Marcelo e Samira; luta deles; reencontro entre Marcelo e Maria. Tudo isso acontecerá no próximo mês.
8. Você já disse algumas vezes que não vê problema em mudar a sua história se ela não estiver agradando ao público. Porque valoriza tanto a opinião dos telespectadores?
Porque é para os telespectadores que eu faço a novela. Meu objetivo é a criação de entretenimento de excelente nível para toda a família brasileira. Sou um servo do público, com o objetivo de atingir a máxima audiência. Sempre que precisar fazer ajustes para agradar mais, farei, com certeza. Para isso, acompanho comunidades no orkut, leio críticas no meu blog e estou ansioso para acompanhar os próximos grupos de discussão sobre a novela.
9. Recentemente, a Globo fez uma forte campanha para relançar “A Favorita”. Como você reage à pressão pela briga de audiência no horário nobre?
"Os Mutantes" tem a melhor média das últimas décadas na Record, no horário das 21h. Tem também a melhor média nos primeiros 70 caps de qualquer novela produzida pelo nosso Núcleo de Teledramaturgia. Do lado de lá, "A Favorita" é a novela das 8 que menos audiência teve até agora: 37 pontos, a pior média da Globo, nos últimos quarenta anos, neste horário. A campanha da Globo foi uma tentativa fracassada de reverter este quadro de crescente decadência. Estamos vivendo uma nova era na TV no Brasil: a era da concorrência. Só acho chato quando vejo funcionários da Globo - Silvio de Abreu, Ricardo Waddington, Zeca Camargo - vindo a público tentar negar qualidade ao nosso trabalho na Record. Se não tivéssemos qualidade, não estaríamos há um ano no ar, com 330 caps produzidos, média 16 (ao longo do ano), picos de 29, com audiência estimada em mais de trinta milhões de pessoas, no Brasil. Acho péssimo, deselegante e anti-ético afirmar que o concorrente não tem qualidade, até porque quem concorre não tem isenção para julgar. É como se a Coca-Cola dissesse: "não tome Guaraná porque é ruim". Acho que é falta de educação e falta de ética se referir ao trabalho do colega que faz novelas na concorrência deste jeito, dizendo que é ruim ou péssimo. Já concorri com Carlos Lombardi, Antonio Calmon, Miguel Falabella, Beth Jhin, Marcos Paulo e outros, e nenhum foi deselegante assim, muito pelo contrário. Enfim tudo isso só mostra o desespero de algumas pessoas da Globo com nosso sucesso. Vou concorrer depois com a Gloria Perez, e tenho certeza que vamos continuar amigos, que nunca vou ouvir nada anti-ético assim da parte dela, porque é uma pessoa de excelente caráter.
10. Você acredita, ao introduzir na teledramaturgia brasileira mutantes, ETs e seres fantásticos, estar inovando o modo de fazer novelas no país?
Tenho certeza que estamos inovando, propondo novas formas de fazer, revolucionando, mudando em diversos aspectos, experimentando novos caminhos, principalmente na realização de efeitos visuais.
11. Não teme afugentar a audiência com as suas maluquices criativas?
Não. Vamos ter grupos de discussão em setembro para avaliar os rumos da novela.
12. A sua vida é tão agitada quanto a dos personagens das suas histórias?
Nem de longe. Minhas maiores aventuras no momento são ser pai e escrever "Os Mutantes Caminhos do Coração".
Crédito: Tiago Santiago
Reportagem de: Mariana Poli
Matheus Logan
1. A sua novela está a quase um ano no ar. Da estréia até hoje, você já introduziu 1dezenas de novos elementos, entre eles novas histórias e personagens. É difícil ser tão criativo?
Não. Minha inspiração nesta novela vem de lendas e mitos. São milênios de acervo da humanidade, na área da mitologia. É um material praticamente inesgotável.
2. “Os Mutantes” fala de temas como mutações genéticas e extraterrestres. Você tem de pesquisar bastante para abordá-los?
Estudei a questão das mutações genéticas para uma peça de Teatro - "DNA" - que foi produzida por Ittala Nandi e dirigida por Bibi Ferreira, em 2004. Quanto aos extraterrestres, vi documentários, pedi pesquisa e li algumas coisas.
3. Sei que você se inspira em filmes e programas de TV internacionais. Quais são as suas referências?
São muitas referências para a construção desta novela, tanto de filmes quanto da literatura e da TV. Vou citar apenas as principais: Spielberg, H.G.Wells, Orson Welles, Homero, Isaac Asimov, Ray Bradbury, Jules Verne, Stan Lee, Monteiro Lobato, Dias Gomes, Janete Clair, Ivani Ribeiro.
4. Cientistas fizeram recentemente descobertas sobre Marte. Você introduz fatos reais em sua trama? Ou é tudo pura ficção?
Há muitas citações de dados reais, como distância de Marte a Terra, temperatura, a questão da existência da água lá, a possibilidade de vida em outros planetas em que haja água, em nossa galáxia e em outras galáxias. Tenho lido tudo que sai sobre Marte. E é claro que há também muita ficção, muita fantasia.
5. Nos próximos capítulos da sua novela, devem aparecer discos voadores. Como a equipe técnica da Record reage às suas invenções? Rola aquele lance arquiteto e engenheiro, do tipo: “Esquece, isso é impossível de fazer”?
A equipe técnica adora a novela e as possibilidades de criação que ela oferece. Temos uma equipe de 25 pessoas trabalhando com efeitos visuais, sob a supervisão de Marcelo Brandão, com equipamento de última geração; E sempre converso com Alexandre Avancini - diretor geral da novela - para ter certeza que é possível fazer o que está planejado.
6. Quando começou a escrever “Caminhos do Coração”, imaginou que a história iria tão longe?
Sim. Havia plano de continuar, se fizesse o sucesso que realmente veio com força.
7. “Os Mutantes” ainda tem um longo caminho pela frente (deve acabar em janeiro, certo)? Como pretende manter a atenção do telespectador? Haverá novidades, pode adiantar alguma delas ao público?
"Os Mutantes" provavelmente continuará ainda depois de janeiro. Tenho muitos trunfos na manga, p.ex. veja os próximos: chegada dos ETs e suas naves; primeiras abduções; batalhas nas ruas de São Paulo entre o DEPECOM e os mutantes; morte de diversos mutantes do mal; chegada de Maria a Agarta; encontro entre Marcelo e Samira; luta deles; reencontro entre Marcelo e Maria. Tudo isso acontecerá no próximo mês.
8. Você já disse algumas vezes que não vê problema em mudar a sua história se ela não estiver agradando ao público. Porque valoriza tanto a opinião dos telespectadores?
Porque é para os telespectadores que eu faço a novela. Meu objetivo é a criação de entretenimento de excelente nível para toda a família brasileira. Sou um servo do público, com o objetivo de atingir a máxima audiência. Sempre que precisar fazer ajustes para agradar mais, farei, com certeza. Para isso, acompanho comunidades no orkut, leio críticas no meu blog e estou ansioso para acompanhar os próximos grupos de discussão sobre a novela.
9. Recentemente, a Globo fez uma forte campanha para relançar “A Favorita”. Como você reage à pressão pela briga de audiência no horário nobre?
"Os Mutantes" tem a melhor média das últimas décadas na Record, no horário das 21h. Tem também a melhor média nos primeiros 70 caps de qualquer novela produzida pelo nosso Núcleo de Teledramaturgia. Do lado de lá, "A Favorita" é a novela das 8 que menos audiência teve até agora: 37 pontos, a pior média da Globo, nos últimos quarenta anos, neste horário. A campanha da Globo foi uma tentativa fracassada de reverter este quadro de crescente decadência. Estamos vivendo uma nova era na TV no Brasil: a era da concorrência. Só acho chato quando vejo funcionários da Globo - Silvio de Abreu, Ricardo Waddington, Zeca Camargo - vindo a público tentar negar qualidade ao nosso trabalho na Record. Se não tivéssemos qualidade, não estaríamos há um ano no ar, com 330 caps produzidos, média 16 (ao longo do ano), picos de 29, com audiência estimada em mais de trinta milhões de pessoas, no Brasil. Acho péssimo, deselegante e anti-ético afirmar que o concorrente não tem qualidade, até porque quem concorre não tem isenção para julgar. É como se a Coca-Cola dissesse: "não tome Guaraná porque é ruim". Acho que é falta de educação e falta de ética se referir ao trabalho do colega que faz novelas na concorrência deste jeito, dizendo que é ruim ou péssimo. Já concorri com Carlos Lombardi, Antonio Calmon, Miguel Falabella, Beth Jhin, Marcos Paulo e outros, e nenhum foi deselegante assim, muito pelo contrário. Enfim tudo isso só mostra o desespero de algumas pessoas da Globo com nosso sucesso. Vou concorrer depois com a Gloria Perez, e tenho certeza que vamos continuar amigos, que nunca vou ouvir nada anti-ético assim da parte dela, porque é uma pessoa de excelente caráter.
10. Você acredita, ao introduzir na teledramaturgia brasileira mutantes, ETs e seres fantásticos, estar inovando o modo de fazer novelas no país?
Tenho certeza que estamos inovando, propondo novas formas de fazer, revolucionando, mudando em diversos aspectos, experimentando novos caminhos, principalmente na realização de efeitos visuais.
11. Não teme afugentar a audiência com as suas maluquices criativas?
Não. Vamos ter grupos de discussão em setembro para avaliar os rumos da novela.
12. A sua vida é tão agitada quanto a dos personagens das suas histórias?
Nem de longe. Minhas maiores aventuras no momento são ser pai e escrever "Os Mutantes Caminhos do Coração".
Crédito: Tiago Santiago
Reportagem de: Mariana Poli
Matheus Logan
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