quarta-feira, 11 de março de 2009

Haagensen se surpreende com cenas de ação de 'Os Mutantes'

Jonathan Haagensen não é mais o mesmo. O ator, que vive o policial honesto Miguel em Os Mutantes - Caminhos do Coração, da Record, não se cansa de valorizar tudo que diz ter aprendido ao longo dos nove meses de trabalho dedicados à novela.

Primeiro, por se tratar de uma obra de realismo fantástico, gênero no qual nunca havia atuado. E, principalmente, por encarnar um tipo mais contido. Bem diferente dos descolados Dodô e Cláudio, que interpretou em Da Cor do Pecado e Paraíso Tropical, da Globo.

"Foi difícil encontrar o tom certo para viver um cara movido pela Justiça e com a postura de um inspetor de polícia. E mais ainda contracenando com monstros em várias cenas", argumenta.

Foi uma conversa entre ele e o diretor Alexandre Avancini que deixou Jonathan mais seguro para não fazer feio no ar. "Ele pediu que eu acreditasse na história e deu certo. Com tantos efeitos especiais, é a reação dos atores que dá a credibilidade a cada sequência de ação", analisa.

Agora, às vésperas de se despedir da história - Miguel morre nos próximos capítulos, o ator entrega que pretende assinar um contrato longo com a Record. "Gostei de trabalhar aqui e acho que posso repetir isso em breve. Já estamos em fase de negociação", adianta.


Nome: Jonathan Sirney Haagensen Cerqueira.
Nascimento: 23 de fevereiro de 1983, no Rio de Janeiro.
Primeiro trabalho na tevê: "Fiz alguns programas educativos no canal pago Futura, mas não lembro os nomes".
Sua atuação inesquecível: "Quando encenei O Juiz de Paz na Roça, um texto do Martins Pena, em 1999".
Interpretação memorável: Murilo Benício na pele de Juca Cipó, no "remake" de Irmãos Coragem, em 1995, na Globo.
Momento marcante na carreira: A indicação do longa Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, para o Oscar, em 2003.
A que assiste na tevê: Documentários.
A que nunca assiste: Sessão da Tarde.
O que falta na tevê: "Na tevê paga não falta nada. Agora, na tevê aberta, seria bom contarmos com mais filmes bacanas e documentários que acrescentassem cultura e informação às pessoas".
O que sobra na tevê: Sensacionalismo.
Ator: Will Smith.
Atriz: Mary Sheila.
Com quem gostaria de contracenar: Angelina Jolie.
Se não fosse ator, seria: Atleta.
Humorista: Chico Anysio.
Novela: Salsa e Merengue, de Miguel Falabella, exibida em 1996 pela Globo.
Cena inesquecível na tevê: A disputa do II Festival de Música Popular Brasileira, em 1966, entre A Banda e A Disparada, exibido pela Record. "Vi as reprises e fiquei muito impressionado".
Vilão marcante: Sonny, de Al Pacino, no longa Um Dia de Cão, de Sidney Lumet.
Personagem mais difícil de compor: Jaiminho, do longa Brother. "Tive de ir a São Paulo fazer laboratório e gravei no Capão Redondo, na periferia".
Papel que mais teve retorno do público: Cabeleira, do longa Cidade de Deus.
Que novela gostaria que fosse reprisada: Pedra Sobre Pedra, de Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn, exibida pela Globo em 1992.
Que papel que gostaria de representar: "Gosto de personagens que me façam estudar novas culturas".
Par romântico inesquecível: Olavo e Bebel, de Wagner Moura e Camila Pitanga, em Paraíso Tropical, exibida em 2007 pela Globo.
Com quem gostaria de fazer um par romântico: "Com a Camila Pitanga não seria nada mal...".
Filme: Amores Brutos, de Alejandro González Iñárritu.
Livro: A Casa dos Budas Ditosos, de João Ubaldo Ribeiro.
Autor: Jorge Amado.
Diretor: Guti Fraga, do grupo Nós do Morro.
Medo: "De morrer".
Projeto: "Produzo a banda Peregrinos, estou me dedicando a isso. E quero, em breve, dirigir um filme".



Crédito: Terra
Matheus LOgan

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