Seu sobrenome afrancesado deve-se a um "capricho" do funcionário do cartório onde foi registrado o seu nascimento: seu pai se chamava Severino do Monte.
Nascido em família pobre, antes de iniciar a carreira artística passou pelo Exército e pela Marinha Mercante.
José Dumont entrou para a vida artística em 1976, quando fez “O Sonho, Caso Especial”, de Gianfrancesco Guarnieri. No ano seguinte, trabalhou em “Morte e Vida Severina”, “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia”, “Tudo Bem”, de Arnaldo Jabor, “Amor Bandido”, de Bruno Barreto e “Se Segura, Malandro”, de Hugo Carvana, vindo a ser tornar, com menos de um ano de carreira, um dos atores mais requisitados de sua geração.
Com um raro senso de humor, Dumont fez ainda mais de uma dezena de filmes entre o final dos anos 70 e o início dos 90, onde se destacaram: “República dos Assassinos”, de Miguel Farias Jr.; “Brincando nos Campos do Senhor”, de Hector Babenco; e ainda dois longas com a turma dos trapalhões (“O Mágico de Orós” e “Trapalhões no Auto da Compadecida”).
No final da década de 90, ainda realizou “Policarpo Quaresma ”, de Paulo Thiago, e “Kenoma”, primeiro filme com a diretora Eliane Caffé.Em 2001, Dumont trabalhou no longa de Walter Salles, “Abril Despedaçado”, com Rodrigo Santoro. Mas foi dois anos depois, em 2003, que fez seu papel definitivo: o de Antônio Biá, em “Narradores de Javé”, também de Caffé, onde vive um humilde trabalhador que é escolhido pelos moradores de Javé para escrever um documento protestando sobre a decisão de inundar a cidade sob as águas de uma enorme usina hidroelétrica. O filme conquistou vários prêmios nos festivais do Rio de do Recife, em que em ambos Dumont foi escolhido com o melhor ator. Ainda em 2003, José Dumont encarnou o Diabo no longa de Moacyr Góes, “Maria, a Mãe do Filho de Deus”.
Um dos mais premiados atores brasileiros, já recebeu os seguintes prêmios e indicações:
- Recebeu 2 indicações ao Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Ator, por "Narradores de Javé" (2004) e "Árido Movie" (2006).
- Recebeu 2 indicações ao Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Ator Coadjuvante, por "2 Filhos de Francisco" (2005) e "Cidade Baixa" (2005).
- Ganhou 2 vezes o Kikito de Ouro de Melhor Ator no Festival de Gramado, por "O Homem Que Virou Suco" (1981) e "O Baiano Fantasma" (1984).
- Ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante, no Festival de Gramado, por "Gaijin, os Caminhos da Liberdade" (1980).
- Ganhou 3 vezes o Candango de Melhor Ator, no Festival de Brasília, por "O Homem Que Virou Suco" (1981), "A Hora da Estrela" (1985) e "Kenoma" (1998
- Ganhou o Troféu Passista de Melhor Ator, no Cine PE - Festival do Audiovisual, por "Narradores de Javé" (2003).
- Ganhou o prêmio de Melhor Ator no Festival do Rio, por "Narradores de Javé" (2003).
- Ganhou o prêmio de Melhor Ator no Festival de Havana, por "O Baiano Fantasma" (1984).
- Ganhou o Lente de Cristal de Melhor Ator Coadjuvante, no Festival de Cinema Brasileiro de Miami, por "Kenoma" (1998).
Em 2005, participou da novela "América", da TV Globo. No ano seguinte, foi contratado pela TV Record, onde participou das novelas "Cidadão Brasileiro" (2006) e "Luz do Sol" (2007).
Em 2007, José Dumont esteve no elenco da novela "Caminhos do Coração", da Record e agora em 2008 continua na continuação Os Mutantes, fazendo o pescador Teófilo.
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