Sebastião Vasconcelos Costa (Pocinhos PB 1927). Ator. Inicia carreira no Recife e, já no Rio de Janeiro, participa de importantes centros de produção teatral, tais como a Companhia Tônia-Celi-Autran e o Teatro Nacional de Comédia.
No Recife, participa da fundação do Teatro Universitário e atua em seis espetáculos, com direção de Adacto Filho. Representa também em cerca de dez peças encenadas pelo Teatro de Amadores de Pernambuco, TAP, onde é dirigido por Ziembinski, Gianni Ratto e Graça Mello, e pelo Teatro do Estudante de Pernambuco, TEP, dirigido por Hermilo Borba Filho.
Muda-se para o Rio de Janeiro em 1955 e recebe convite de Adolfo Celi para integrar o elenco da recém-fundada Companhia Tônia-Celi-Autran, CTCA. Em Otelo, de William Shakespeare, substitui o ator que estreara no papel de Cássio. No espetáculo seguinte, faz o espanhol em A Viúva Astuciosa, de Carlo Goldoni, e recebe por esse trabalho seu primeiro prêmio, como ator coadjuvante, da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, ABCT, em 1956. No ano seguinte, está em As Guerras do Alecrim e da Manjerona, de Antônio José da Silva, o Judeu, com direção de Gianni Ratto, pelo Teatro Nacional de Comédia, TNC. No mesmo conjunto, integra o elenco de A Bela Madame Vargas, de Paulo Barreto, sendo dirigido por Armando Couto.
Em 1958 atua em Calúnia, de Lillian Hellman, direção Adolfo Celi, e em Olho Mecânico, de A. C. Carvalho, direção de Benedito Corsi, ambas produções da CTCA. Em 1959, em A Beata Maria do Egito, de Rachel de Queiroz, uma das criticadas encenações do TNC, no papel do tenente-delegado, ao lado de Glauce Rocha, obtém o prêmio de melhor ator do Governo do Estado.
Em 1960, ainda no TNC, interpreta Koulyguine em As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, encenação de Ziembinski. Volta à CTCA, em 1961, atuando em Lisbela e o Prisioneiro, de Osman Lins, com direção de Celi e Carlos Kroeber e, já de retorno ao TNC em 1962, é dirigido por José Renato, em O Pagador de Promessas, de Dias Gomes. Em 1966, está ao lado de Cláudio Corrêa e Castro e Margarida Rey, em Os Físicos, de Dürrenmatt, com direção de Ziembinski, numa produção de Oscar Ornstein.
Inicia na televisão, também ao lado de Tônia Carrero e Paulo Autran, no Teatro da TV Tupi. Anos mais tarde, estréia na TV Globo, em O Matador, de Oduvaldo Vianna Filho.
Em 1977, interpretando, com Rubens Corrêa, Os Emigrados, de Slawomir Mrozek, recebe por este papel os prêmios Mambembe e Molière de melhor ator. Em 1982, reaparece em A Volta por Cima, de Domingos Oliveira e Lenita Plonczynski, com direção de Domingos.
Sebastião Vasconcelos é um dos atores do Recife que conquista espaço no Sudeste, iniciando carreira em teatro, marcando presença em algumas peças representativas dos anos 1950 e, posteriormente, atuando assiduamente em novelas da TV Globo.
Em 2007, Sebastião Vasconcellos atuou na novela "Caminhos do Coração", e, em 2008, na novela "Os Mutantes", ambas da Rede Record.
Fontes: Itaú Cultural
Matheus Logan
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