
Em sua segunda novela na Record – a primeira foi Vidas opostas, em que interpretou a advogada Patrícia –, e depois de passar por emissoras como Band, Globo, MTV e SBT, Babi não nega que em televisão é preciso manter os pés no chão e mostrar trabalho a todo momento. Ao se auto-intitular uma apresentadora que gosta de atuar, ela diz que agora se dedica incondicionalmente à personagem que vai encarnar. Mas não nega que já revelou para a direção da Record o seu desejo de ter um programa. “Tenho várias idéias, mas não gosto de pressionar ninguém. Quando pintar um projeto que tenha a ver comigo, será natural me chamarem”, prevê Babi.

BABI XAVIER - É uma experiência inédita na minha carreira. Faço a doutora Juli jovem, que sofreu uma mutação a partir do soro da juventude que ela mesma desenvolveu. Para escapar da cadeia, ela toma o soro e reaparece na história 30 anos mais jovem como uma milionária paulistana recém-chegada da Europa chamada Juli di Trevi. Na verdade, minha personagem tem uma cabeça de 60 e poucos anos e um corpo de 30. O complicado vai ser todo mundo me pedindo a receita desse soro, porque em casa a minha mãe já está me pedindo. Enfim, minha personagem vem para dar continuidade aos projetos que a doutora Juli desenvolvia na primeira fase da novela.

BX - Para esse início de trama, tive de acompanhar a construção da personagem feita pela Íttala. Analisei a maneira como ela fala porque isso não pode mudar. Já as atitudes sofrem alguma transformação porque agora a personagem tem os hormônios de 30 anos correndo em suas veias e está mais impetuosa. Acompanhei a gravação de algumas cenas da Íttala e também conversamos bastante. Além disso, estou lendo tudo o que posso sobre genoma e engenharia genética. Comprei um livro chamado Médicos extraordinários, com a história de pessoas que fizeram a diferença na medicina.

BX - Acho que nem dá para comparar porque a Íttala Nandi tem uma experiência fabulosa, enquanto eu sou uma atriz iniciante. Na verdade, sou uma apresentadora que gosta de atuar. Existe um peso que eu mesma me coloco. Sou a minha maior carrasca.

BX - Como apresentadora, a gente tem de ter um rebolado e um jogo de cintura bem grandes, porque acontecem situações surreais em entrevistas. Por mais que a gente tenha se preparado previamente, lido e pesquisado, algo sempre acontece diferente. Espero ter esse mesmo jogo de cintura e versatilidade para fazer essa novela também.

BX - Sempre gostei de X-Men, mas por falta de tempo só vi o primeiro episódio de Heroes e quero conseguir em DVD todas as temporadas para ver no meu ritmo, em casa. Aliás, entendi bastante Caminhos do coração depois que vi Heroes. Porque quando começou a novela eu conversei com alguns amigos, como André di Biasi e Paulo Nigro, para perguntar como era participar de uma novela que foca uma realidade tão diferente. Eles me disseram que era preciso embarcar na história para acreditar que o velociraptor está vindo na sua direção. E acho que é por aí mesmo. O ator tem de embarcar na história e aí ele consegue se mostrar.
Fontes: Correio da Bahia
Matheus Logan
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